Escutismo: Um estilo de vida.
“O Escutismo é um movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si próprios, possuidores de três dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço.”
Baden Powell
Ser Escuteiro do CNE, em Estarreja
1 – O Agrupamento 233 – S. Tiago – Estarreja
1.1 – Fundação
O Agrupamento de Estarreja foi fundado em 13 de Novembro de 1966 e filiado no CNE – Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, através da Ordem de Serviço Nacional nº 262, de 6 de Março de 1967, com efeitos a 13.11.1966. Os seus primeiros Dirigentes foram:
- – Joaquim Arnaldo Silva Mendonça – Chefe do Agrupamento;
- – P. António Martins Belém – Assistente do Agrupamento;
- – Nuno Luís Silva Morujão – Chefe do Agrupamento Adjunto;
- – P. João Mónica Rocha – Secretário do Agrupamento e Chefe de Grupo;
- – Carlos Manuel Castro Caldas – Secretário do Agrupamento Adjunto;
- – António Marques Silva – Instrutor.
Escolhido o patrono, S. Tiago, ao Agrupamento foi atribuído o número de ordem nacional 233 e, em 1966/67 o Grupo nº 8 (número de ordem regional), cujo patrono escolhido foi S. António, dava corpo ao novo Agrupamento.
1.2 – Ao serviço dos jovens da paróquia de S. Tiago de Beduído
Sabe-se, por relatos vários, que este movimento foi bastante importante para os jovens da paróquia, tendo os mesmos participado em várias actividades locais, regionais e nacionais, aproveitado a educação proporcionada em ordem a uma formação integral das suas personalidades. Pena é que poucos registos existam para se poder conhecer toda a extensão dos benefícios e dos beneficiários.
Dos registos existentes é possível, contudo, destacar alguns factos importantes. Assim:
- – Em 1967/68 a participação, com 16 rapazes, no VII Acampamento Regional, realizado em Passô, Sever do Vouga; ainda a participação, com 7 rapazes, no XIII Acampamento Nacional, realizado nas matas nacionais da Serra de S. Mamede, e onde estiveram presentes cerca de 2000 escuteiros “dos quatro cantos de Portugal espalhado pelo mundo” e representações de Espanha, Polónia, Estados Unidos, Alemanha, Grécia e Inglaterra;
- – Em 1968/69 deu-se a fundação, com promessas em 31 de Maio de 1969, da 1ª Secção, os Lobitos. Fizeram promessa 18 Lobitos e 7 “Akelàs”. Registada ainda a participação no VIII Acampamento Regional, em Serra d’Arca, Caramulo, com duas patrulhas, Falcão e Raposa, de 16 a 23 da Agosto de 1969;
- – Em 1969/70 realização e participação no Acampamento Regional de Lobitos, em Estarreja, de 24 a 26 de Julho de 1970;
- – Em 1970/71 colaboração, juntamente com a Secção de Atletismo do C.D.E. e com a J.O.C. (Juventude Operária Católica), de Estarreja, na organização do Torneio da Primavera, em Atletismo, que se realizou em 4 de Abril de 1971;
- – Em 1972/73 participação, com 21 rapazes, divididos pelas patrulhas Falcão, Castor e Veado, no Acampamento Nacional comemorativo dos 50 anos do CNE em Portugal, que se realizou na mata de Marrazes, Leiria, de 18 a 26 de Agosto de 1973;
- – Em 1973/74 organização das comemorações do Dia de S. Jorge, a nível Regional, realizado em Estarreja, em 27 e 28 de Abril de 1974.
A falta de Dirigentes adultos aliada a várias mudanças havidas na direcção do Agrupamento, agravadas, ainda, com convulsões várias motivadas pelo 25 de Abril, levaram à interrupção da actividade regular do mesmo, em 1975, apesar de ainda, durante algum tempo, ter havido alguma actividade pontual.
1.3 – A “travessia do deserto”
Durante cerca de duas décadas o movimento criado por Baden Powel esteve arredado da nossa paróquia. Houve, contudo, o espírito que não morreu e, em 1995, um grupo de 5 adultos comprometidos com a paróquia, convidados pelo seu pároco, decidia aceitar o desafio de preparar a difícil tarefa de reconstruir o edifício que ruíra de forma comprometedora.
1.4 – E “das cinzas renasce” o 233
Após a indispensável preparação, feita sob a responsabilidade da Junta Regional de Aveiro e com a disponibilidade do Agrupamento 319 – Santa Joana, de Aveiro, que proporcionou o indispensável contacto com a realidade, a paróquia pôde assistir, em 07.09.97, às Promessas dos Dirigentes que tinham por missão concretizar um sonho e permitir aos jovens da nossa paróquia participar num movimento que, contando, na altura, com quase 75 anos em Portugal, continuava a dar respostas aos jovens dos nossos dias, na sua própria paróquia, não precisando de se deslocar para paróquias vizinhas para poder beneficiar das vantagens do escutismo.
Após as Promessas, na Acta nº 1, pode encontrar-se a constituição da nova equipa:
- – Alexandre Oliveira da Fonseca – Chefe do Agrupamento;
- – P. António Fragoso Tavares – Assistente;
- – Vítor Manuel Correia Veloso – Chefe do Agrupamento Adjunto;
- – Luz Maria Silva Gomes – Secretária do Agrupamento;
- – Maria do Carmo Figueira Veloso – Tesoureira do Agrupamento;
- – Maria da Conceição Silva Lopes Fonseca – Chefe do Grupo Explorador.
Em 1997/98, a equipa dirigente decide abrir inscrições para 15 jovens “Exploradores” de 11 anos de idade, dando assim continuidade ao Grupo Explorador nº 8 – S. António, anteriormente fundado. São formadas duas “Patrulhas”, uma feminina, a “Águia”, e outra masculina, a “Falcão”. As Promessas destes jovens são feitas em 19 de Abril de 1998.
1.5 – Em “velocidade de cruzeiro”, ou talvez não…
No ano seguinte decide-se a abertura de mais duas Secções, além da já existente:
- a) – a Alcateia, a que foi atribuído o nº de ordem regional 41, tendo sido escolhido como patrono S. Filipe, e iniciando com 2 “Bandos” mistos, o “Cinzento” e o “Preto”, num total de 11 “Lobitos”;
- b) – o Grupo Pioneiro, a que foi atribuído o número de ordem regional 39, tendo sido escolhido como patrono S. Bárbara, e iniciado com duas “Equipas” mistas, a “Castor” e a “Esquilo”, num total de 10 “Pioneiros”.
Sendo já um número razoável de jovens Escuteiros, 50 ao todo, e prevendo que haveria necessidade de dar resposta a muitas outras solicitações, foi decidido convidar mais pessoas que pudessem, após o necessário período de formação, serem nomeadas Dirigentes. Foram 5 os novos candidatos a Dirigentes que, desde logo, começaram a sua formação no Agrupamento.
No ano de 1999/2000 houve alteração da equipa dirigente, com a saída de dois Dirigentes investidos, exonerados dos seus cargos, e de 3 candidatos, que pediram a suspensão temporária por motivos de ordem pessoal, tendo-se recorrido ao convite de mais 2 candidatos. Mantiveram-se as 3 secções, tendo-se verificado um aumento significativo dos efectivos do Agrupamento, nomeadamente ao nível do Grupo Pioneiro. Foram atingidos 62 jovens Escuteiros e 8 Dirigentes/Candidatos.
No ano seguinte voltou a registar-se um ligeiro aumento. Dois dos candidatos a Dirigentes fazem a sua Promessa, repondo assim em 5 o número de Dirigentes leigos. O número de jovens Escuteiros aumentou para 63 e o de Dirigentes/Candidatos fixou-se nos 13.
No ano de 2001/02 assistiu-se a novo aumento do efectivo do Agrupamento, totalizando os 84 elementos, dos quais 71 jovens Escuteiros.
Em 2002/03 verificam-se as primeiras passagens para a quarta Secção, os “Caminheiros”, que hão-de dar origem ao “Clã”. O ano arranca com 80 jovens Escuteiros, e com 15 Dirigentes e Candidatos a Dirigentes.
No ano seguinte não houve alteração no número de jovens escuteiros. Também o número de Dirigentes e de Candidatos a Dirigentes se manteve. Foi constituído o Clã (denominação da Secção dos Caminheiros), tendo sido escolhido como Patrono S. Joaquim e Santa Ana e sido atribuído o número de ordem regional 33.
Em 2004/05 manteve-se o número de escuteiros (80); também o número de dirigentes se manteve (15), mas com 3 novos elementos investidos em 18 de Abril de 2004. Os Bombeiros Voluntários de Estarreja disponibilizaram 3 salas do seu antigo quartel, que irão ser adaptadas para as reuniões semanais.
Em 2005/06 o número de elementos subiu para 103, dos quais 88 jovens.
Mantendo-se o número total em 2006/07, com 89 jovens e 14 dirigentes, dos quais 9 investidos, foram disponibilizadas, em Abril de 2007, pela Câmara Municipal de Estarreja, 5 salas na antiga escola P. Donaciano para as actividades semanais do Agrupamento.
1.6 – Para quando um novo impulso?
A falta de meios materiais, nomeadamente apoios que reduzam a dependência económica dos pais e dos dirigentes para a aquisição de material destinado às actividades e, muito particularmente, a falta de uma Sede onde, ao fim de semana, à noite e nas férias, nos pudéssemos encontrar e aplicar, em toda a sua extensão, o Método Escutista, não nos permite deixar entrar todos quantos gostariam de pertencer, na nossa paróquia, a este movimento. As salas disponibilizadas não irão resolver a questão de falta de espaço, mas permitirão, estamos convictos, melhorar em termos de aplicação do método escutista.
O novo impulso, com a admissão de um número significativo de jovens, só poderá ser dado quando o sonho de uma Sede se tornar realidade. Importa procurar um terreno para a sua construção…
2 – As principais Actividades do Agrupamento 233, nomeadamente após 1997/98
2.1 – Actividades gerais, que se repetem anualmente
- – Durante todo o ano, entre finais de Setembro e finais de Julho, normalmente ao sábado, há reuniões, por Secção, com uma duração média de 1h30m, destinadas à reflexão, à formação e à preparação das actividades;
- – Cada Secção organiza, no mínimo, uma actividade de campo em cada um dos três períodos (próximo do final do ano civil, entre o Natal e a Páscoa, e no final do ano escutista), onde se pretende por em prática tudo o que se aprendeu;
- – O Agrupamento leva a efeito a venda do Calendário Escutista;
- – Organização da “Ceia de Natal” com os familiares dos Escureiros, e de festa-convívio de abertura ou de encerramento do ano, igualmente com os familiares;
- – Uma vez por mês uma das Eucaristias da paróquia é preparada e animada pelos Escuteiros;
- – São feitas, no mínimo, 3 reuniões de pais por ano;
- – Todo o Agrupamento participa nas comemorações regionais do dia de S. Jorge, padroeiro dos Escuteiros, participando igualmente nas Procissões de Ramos (dia da Juventude), do Corpo de Deus e de S. Tiago ( padroeiro do Agrupamento);
- – Comemorações dos dias particularmente dedicados ao “Pai”, à “Árvore”, à Mãe” e ao “Ambiente”;
- – Organizar as “Promessas” dos Escuteiros que se encontrem preparados para tal;
- – Colaboração com as autoridades civis e religiosas existentes na área da paróquia de S. Tiago de Beduído, sempre que convidados, tenhamos disponibilidade e as actividades propostas não sejam contrárias aos Princípios, à Lei e ao Regulamento pelos quais pautamos a nossa actuação.
2.2 – Principais participações em outras actividades
- – Logo no ano da “ressurreição” do Agrupamento, em 1997/98, o Acampamento de final do ano, na Serra da Freita, foi realizado em conjunto com os Agrupamentos de Santa Joana, de Sangalhos e de S. Bernardo;
- – Em 1998/99, o Grupo Pioneiro participou no Acampamento Regional, que reuniu mais de 1500 Escuteiros da Região de Aveiro, em Estarreja;
- – Em 1999/00, O Grupo Explorador realizou, em conjunto com o Grupo Explorador de Avanca, um Acampamento em Esmoriz;
- – Em 2000/01, o Acampamento de Agrupamento, no Ladário, foi realizado em conjunto com o Agrupamento de Santa Joana;
- – Em 2001/02, o Grupo Pioneiro organizou e apresentou à comunidade um trabalho no âmbito da campanha Nacional “Olhar o Rio”;
- – No ano de 2002/03, O Agrupamento acampou em S. João do Monte e dois Caminheiros participaram, integrados numa equipa do Agrupamento 402, de Avanca, no acampamento internacional de Caminheiros, o RoverWay 2003;
- – Em 2003/04 é de salientar a participação, com 14 Exploradores, 5 Pioneiros, 5 Caminheiros e 7 Dirigentes, no Acampamento Regional (ACAREG2004), na Serra do Arestal – Sever do Vouga. Regista-se igualmente uma actividade de descida do rio Antuã, organizada pelo recem-criado Clã do Agrupamento 233, em que também participaram os Clãs dos Agrupamentos do Concelho de Estarreja (Avanca e Canelas);
- – Em 2004/05 destacam-se duas actividadades: Os Caminheiros participam na actividade conjunta para Clãs do Concelho de Estarreja (Avanca, Canelas e Estarreja), organizada pelo Clã de Canelas; o Grupo Explorador organiza actividade em Cedovim (V. N. Foz Côa), onde permanece quatro dias;
- – Em 2005/06
- – Em 2006/07 o início das comemorações dos 40 anos da fundação do Agrupamento com um almoço de convívio com os antigos escuteiros, seguido de apresentação de testemunhos e da Eucaristia de acção de graças. Entre os presentes destacavam-se alguns dos fundadores (Chefe do Agrupamento e Secretário/Chefe do Grupo, entre outros), bem como vários escuteiros dos anos 60 e 70 do século passado, que não quiseram deixar de estar presentes e trazer algumas relíquias da época. Nesta abertura das comemorações não foi esquecida a proximidade do 10º Aniversário do reinício de actividade do Agrupamento, nem os 100 anos da fundação do Escutismo.
3 – O efectivo do Agrupamento 233, em 2014/15
3.1 – Direcção
Dos 9 cargos de Direcção dois são exercidos em regime de acumulação:
Chefe do Agrupamento – Alexandre Oliveira da Fonseca;
Assistente do Agrupamento – P. António Fragoso Tavares;
Chefe do Agrupamento Adjunto – Maria Isabel D. Marques;
Secretária do Agrupamento – Maria Margarida;
Tesoureira do Agrupamento – Maria Conceição S. L. Fonseca;
Chefe da Alcateia – Luz Maria Silva Gomes;
Chefe do Grupo Explorador – Maria Conceição S. L. Fonseca (a);
Chefe do Grupo Pioneiro – Ana Catarina Faria Alves Oliveira;
Chefe do Clã – Maria Margarida (a).
3.2 – Equipas de Animação e efectivos das secções
Alcateia (1ª Secção/Lobitos) – Equipa de Animação – 4 Dirigentes:
Luz Maria Silva Gomes;
Maria da Graça Matos Silva;
Marilene Matos (b);
António Resende Oliveira (b).
Jovens Escuteiros – 11 Lobitos, divididos em 2 Bandos.
Grupo Explorador (2ª Secção/Exploradores) – Equipa de Animação – 4 Dirigentes:
Maria Conceição S. L. Fonseca;
Mariana Filipa Azevedo (b);
António Carlos Matos (b);
Nuno Leitão (b).
Jovens Escuteiros – 19 Exploradores, divididos em 3 Patrulhas.
Comunidade (3ª Secção/Pioneiros) – Equipa de Animação – 3 Dirigentes:
Ana Catarina Faria Alves Oliveira;
Vítor Manuel Correia Veloso;
Bruno Alegria Garrido (b).
Jovens Escuteiros – 16 Pioneiros, divididos em 2 Equipas.
Clã (4ª Secção/Caminheiros) – Equipa de Animação – 2 Dirigentes:
Maria Margarida;
Rui Moutela (b).
Jovens Escuteiros – 11 Caminheiros, divididos em 2 Equipas.
Notas: (a) – Cargo acumulado; (b) – Candidato(a) a Dirigente.
3.3 – Efectivo total do Agrupamento
O efectivo geral do Agrupamento situa-se, no corrente ano escutista, em 75 elementos, dos quais 57 crianças, adolescentes e jovens escuteiros, e 18 dirigentes adultos (dos quais 7 em formação – candidatos a Dirigentes).
4 – Contactos do Agrupamento 233, em 2014/15
4.1 – A correspondência deverá ser enviada para:
CNE – Agrupamento 233
A/c de Alexandre Oliveira da Fonseca
Rua do Passal, nº 2
3860 – 302 ESTARREJA
4.2 – Para contacto urgente poderá ser utilizado o telemóvel 925 305 226 ou, fora do horário de expediente, o telefone da Chefe do Agrupamento, Alexandre Fonseca, 234 843 622. Pode ser, ainda utilizado o mail: aofonseca@sapo.pt .
“O melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros. Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes e, quando vos chegar a vez de morrer, podeis morrer felizes, sentindo que ao menos não desperdiçastes o tempoe fizestes todo o possível por praticar o bem.”