Eis que está a terminar a travessia pelo deserto, que apelidámos de “Tempo da Quaresma”. Foi uma longa e difícil jornada. Pelo meio, por certo houve momentos bonitos, por certo houve aqueles momentos que nem recordar é bom. Tudo isto para chegarmos á Páscoa da Ressurreição. Aquilo que ninguém deixou de ter para um conforto imediato, foi a abundância da Palavra de Deus, que em tempos revoltos ou de paz, sempre dá alento e vigor a quem dela recorre.
Liturgicamente este próximo Domingo comemora-se a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para realizar o Seu Mistério Pascal. Contudo, a evocação deste sentimento faz-se só na entrada litúrgica; depois, na liturgia da Missa.
Simbolicamente, o Domingo de Ramos põe em contraste duas atitudes populares: o povo que aclama, e o povo que injuria e pede a morte daquele que aclamou.
Também Cristo, primeiro organiza a Sua entrada na cidade santa, sabendo que O iriam aclamar, mas depois chora e termina assumindo passar por homem das dores, que se humilha até à morte na cruz.
Irmão escuta deixa-te iluminar pelo relato evangélico da Paixão, a Igreja vigia -à sua maneira – com Jesus Cristo, assiste a um processo ainda mais desconcertante do que a incredulidade dos dias de hoje. Umas vezes segue Cristo «à distância»; outras, mais de perto, como Maria a quem apelidamos de Mãe dos escutas.
Que a escuta do relato da Paixão hoje, nos convença disto.
Um bom inicio da Semana maior para os crentes. A Semana Santa.
Élio Simões
Assistente Regional Adjunto