No começo dos tempos, quando a terra não tinha forma e as trevas cobriam o vazio, o Espírito de Deus movia-se por entre o Caos e a Desordem. Durante 6 dias, criou a Luz, as águas, o firmamento e Terra. As suas palavras traziam ordem ao Caos e soavam como a mais leve das brisas e foi com elas que a Terra, ao terceiro dia, se cobriu de vegetação, de plantas que deram sementes e de árvores cujos frutos produziam sementes de acordo com as suas espécies. Por todo o lado floriam e surgiam Jacarandás, Cedros, Jatobás, Seringueiras, Oliveiras, Castanheiros, Cerejeiras, Laranjeiras, Macieiras e muitas outras árvores e plantas que enchiam o ar de cor e aroma que a Brisa levava para longe.
As estrelas que colocou no céu viram as águas, a terra e os céus encherem-se de seres vivos fantásticos. Leões, Tigres, Gazelas, Impalas, Gnus, Veados, enormes Elefantes e bravíssimos Rinocerontes, Leopardos, Panteras, Baleias, Golfinhos e outros mais tornaram-se férteis e multiplicaram-se.
Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Sejam férteis e multipliquem-se! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra”. E assim aconteceu.
Naqueles tempos, quando tudo ainda era recente e fresco, o Homem apanhou um pouco de barro do chão, moldou-o e deixou-o cozer ao sol quente primaveril. Recolheu então as primeiras sementes das árvores de fruto e de todas as plantas que Deus criara e guardou-as naquele tosco recipiente que moldara do barro. Junto ao mar, procurou a concha de um Búzio e nele guardou um pouco do Sopro de Vida de Deus que o Vento Norte tinha espalhado.
E foi assim que o Homem partiu. Atravessou montanhas, desertos e mares tempestuosos, guardando sempre bem junto a si aqueles bens preciosos. As estações e os anos sucederam-se, e quando o Homem, já cansado, encontrou o lugar onde queria repousar, entregou-os aos seus descendentes que tudo fizeram para os preservar…e esconder. Esses foram os primeiros “Guardiões do Ambiente”, homens íntegros, de alma pura, capazes de discernir o bem e descobrir a verdade e beleza das pequenas coisas. Tinham Princípios e uma Lei à qual juravam fidelidade.